A GÊNESE DA COMPUTAÇÃO NO BRASIL



   Na década de 50, no Brasil, computadores eram itens raríssimos, praticamente inacessíveis. Devido a isso, a inserção da computação em nosso território iniciou-se durante o governo de Juscelino Kubitschek(1960-1961). O governo de JK era pautado no lema "avançar 50 anos em 5", assim a filosofia do governo era o desenvolvimento econômico e tirar o país do atraso. É neste momento, que as tecnologias da época e a computação começam a se instalar diante essa oportunidade de desenvolvimento econômico, marcando o inicio da primeira fase da computação no território brasileiro. 
    Com este impulso na década de 60, a tecnologia se tornando um pouco mais popular, e países desenvolvidos desejando exportar seus produtos afim de movimentar o sistema e obterem lucros, era a situação ideal para o Brasil passar em investir na computação, principalmente por necessidade, que era a resolução de alguns problemas da época. A importação de tecnologias destes grandes países capitalistas para o Brasil, marcou essa fase inicial. 
UNIVAC-127, primeiro computador do Brasil
    As primeiras máquinas foram trazidas do exterior para organizações nacionais e governamentais como grandes empresas e universidades. Estes foram os primeiros locais e espaços a possuírem um computador em nosso território Nacional, mais especificamente na PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), USP (Universidade de São Paulo) entre 1960 e 1962, além de outras instituições nacionais.  O computador primogênito em nosso país foi um UNIVAC-127, adquirido e utilizado pelo governo do Estado de São Paulo com o intuito de auxiliar no cálculo de consumo de água. 
   Existiam na época, o grupo GEIA (Grupo de Estudos da Indústria Automobilística) e o GEICON (Grupo Executivo de Indústria da Construção Naval), com base na criação destes grupos, um "grupo de trabalho" -segundo Marilza de Lourdes- apresentaram um relatório sugerindo a instalação e criação de Centros de Processamentos de Dados. A partir disso foi criado o GEACE (Grupo Executivo para Aplicação de Computadores) que além de incentivar a criação dos centros de processamento de dados, também incentivaria na fabricação e montagem de componentes de computadores. 
         Como os computadores ainda eram algo relativamente recente no país, não existiam montadoras e fabricantes nacionais na época. Entretanto, apesar de sua chegada recente, já existia um grande volume de vendas em 1970, o que justificaria a instalação de fabricantes e o crescimento econômico das mesmas no país, marcando a segunda fase da computação no Brasil.
        "A história destaca o papel do personagem principal que a criou, pois a criatividade é a extrapolação de dados já incorporados em uma nova versão. Portanto, há mais possibilidades de crescimento e criação quando se possui uma herança de conhecimento registrado". (CARDI,2001) 


REFERÊNCIAS: 

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